quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Fatos sobre Sarcoma Vacinal - Derrubando mitos


O surgimento do sarcoma vacinal está relacionado à resposta inflamatória crônica ou exacerbada, causada pelos adjuvantes ou por outros componentes da vacina, influenciado pelo local da aplicação ser geneticamente sensível ao tumor (predisposição). Há algumas evidências do surgimento de fibrosarcomas relacionados a outros medicamentos injetáveis,traumatismos por mordeduras e fio cirúrgico não absorvível. Em estudos mais recentes, foi demonstrado que não há uma relação do sarcoma vacinal à uma vacina específica. A baixa prevalência do tumor em relação à quantidade de vacinas administradas sugere fatores pré-requisitos individuais de cada animal (predisposição ao surgimento de sarcomas).

A estimativa de incidência de sarcomas vacinais nos EUA varia de 0,63 à 3, a cada 10.000 animais vacinados, não havendo predisposição racial ou sexual. 

O período de latência de desenvolvimento do sarcoma varia de 3 meses à 3 anos. 

Segundo a Vaccine-Associated Feline Sarcoma Task Force (VAFSTF) qualquer aumento de volume 1 mês após vacinação, no local da aplicação, que tenha mais que 2 cm de diâmetro ou que esteja presente por mais de 3 meses, deve ser considerado como suspeito para sarcoma vacinal e isso deve ser extrapolado para qualquer aplicação. Também sugerem que as aplicações devem ser padronizadas, sendo que vacinas anti-rábicas devem ser aplicadas no membro pélvico direito, vacinas contra FeLV no membro pélvico esquerdo e outras vacinas e aplicações no membro torácico direito, sempre o mais distal possível.

Nota: Este texto baseia-se em apenas um artigo, mencionado no início da postagem. Havendo qualquer outro artigo que complemente ou conteste as informações aqui contidas, por favor deixe um comentário com a referência precisa deste artigo. Obrigado.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Por onde anda a Quíntupla Felina?

Quem tem gato sob o risco de contrair FeLV e precisa vaciná-lo com a Quíntupla Felina (panleucopenia, rinotraqueíte, caliciviros, clamidiose e FeLV) está enfrentando um grande problema. A vacina desapareceu do mercado brasileiro, já faz um tempo.
Ainda não consegui descobrir o que está acontecendo com o fornecimento desta vacina, mas durante a procura pela vacina obtive algumas informações que não pude confirmar, mas ajudam a entender um pouco o cenário.
A vacina quíntupla felina era comercializada no Brasil pela Forte Dodge e se chama Fel-O-Vax LvK IV. Após a Pfizer ter adquirido a Forte Dodge, começaram vários problemas de fornecimento da quíntupla. A vacina desaparece do mercado por um bom tempo, o fornecimento volta ao normal e em seguida volta a desaparecer.
Após procurar por clínicas veterinárias que pudessem ter estoque antigo da vacina, sem sucesso, resolvi tentar importar a vacina. Entrei em contato com o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e verifiquei os procedimentos para obter uma autorização de importação. A outra tarefa era conseguir um importador especializado em vacinas, devido aos cuidados necessários com a refrigeração (conservação entre 2 e 7 ºC) e que fosse autorizado a tal, mas não tive sucesso. Continuei a buscar a vacina em outros estados e acabei encontrando um fornecedor em Natal-RN. Eu tinha duas opções, levar o gato até Natal, para vaciná-lo, ou ir buscar a vacina. Esta última opção exigiria um recipiente especial muito usado para transporte de insulina, para manter a temperatura adequada durante o transporte, e também deveria ser um veterinário para conseguir comprar a vacina.
Resumindo, quem precisar da vacina vai precisar de muita persistência e paciência para encontrá-la e mesmo assim pode não ser o suficiente.
PS.: Se alguém souber onde encontrar a quíntupla, deixe um comentário abaixo, com o nome do local, estado e se possível um telefone de contato. Todos que dependem da vacina irão agradecer muito.

[Atualização] A vacina já está de volta ao mercado.

[Atualizzdo em 13/12/2013] A vacina voltou a sumir do mercado. Há uma promessa de que ela volte em jan-2014.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Bem vindo, Arquimedes!

Lembram da Matilda? Quando foi morar no abrigo, tinha um irmão. O teste de FeLV dele deu positivo, então meus humanos adotaram o branquelo também.

Arquimedes e Matilda, ainda no abrigo

Ele é maior e mais bonzinho que a Matilda, não fica atrás de mim o tempo todo e não tenho de ficar batendo nele. Agora somos três felvinhos em casa!

Fran

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Bem vinda, Matilda!

Matilda, FeLV+, nova moradora do nosso lar. Ela foi resgatada da rua e estava no Abrigo Salas. Foi testada para FeLV e FIV e, infelizmente, o resultado foi positivo para FeLV. Sendo FeLV+, ela não poderia ficar junto com os outros gatos.
A Dra. Thaís, minha veterinária, lembrou de mim e ligou para meus humanos de estimação. O resultado não poderia ser outro... ganhei uma irmã.

Matilda, minha irmã tricolor 

Ainda tenho um pouco de medo dela e não arrisco me aproximar, mas estou muito curiosa.
Mais um felino FeLV+ longe das ruas, longe de doenças e sem chances de contaminar outro felino sadio, e o mais importante, recebendo MUITO amor.

Fran.

Grupo no Facebook

Criei um grupo público no Facebook para ajudar a troca de experiência sobre a FeLV. Participe, conte a história do seu felino e ajude a divulgar. Quanto mais pessoas conhecerem a FeLV, menos felinos correm o risco de contrair esta doença.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Grupo de discussão

Boas novas, caros leitores!

O blog andou meio parado, então resolvi sacudir a poeira.

A primeira novidade é nosso grupo de discussão que acabei de criar. Com este grupo, os Humanos de Estimação de gatinhos FeLV positivo poderão trocar informações, experiências ou simplesmente desabafar. Aliás, não tenha vergonha de desabafar, pode fazê-lo sem preocupação pois todos te entenderão por estarem em situações parecidas.

Faça parte de nosso grupo e vamos divulgar e nos informar melhor sobre esta doença horrível.

Opa, a Fran está aqui me cutucando para não esquecer de enviar um ronron para todos gatos FeLV positivos e pedir que eles não percam as esperanças.

Um grande abraço e ronron a todos!

Grupo: http://groups.google.com/group/eutenhofelv

sexta-feira, 18 de março de 2011

Tratamento

Não há cura e nem tratamento específico para FeLV. O tratamento visa gerenciar as doenças secundárias e pode incluir quimioterapia para o linfoma, antibióticos para infecções bacterianas secundárias, transfusões de sangue para a anemia, etc.

Vários cuidados devem ser tomados, visando minimizar os riscos de doenças secundárias:

  • manter os gatos dentro de casa, inclusive para evitar a transmissão da FeLV para outros gatos
  • dar rações de alta qualidade nutritiva
  • evitar alimentos crus, que podem transportar bactérias ou parasitas
  • evitar condições de estresse [2]
  • controlar parasitas
  • ficar atento à mudanças na saúde (alteração de peso e falta de apetite) ou comportamento (prostração)
  • visitar o veterinário pelo menos duas vezes por ano para um check up
Uma variedade de drogas anti-virais, como o AZT, têm sido utilizados mas a maioria dos estudos têm mostrado limitado (ou nenhum) efeito e podem ter efeitos colaterais graves.
Uma droga que estimula o sistema imunológico, o interferon, pode ser administrado por via oral para gatos, sem efeitos colaterais e pode ser útil em muitos casos [2].
O tratamento de câncer associado com FeLV têm seus próprios protocolos de quimioterapia. No entanto, os gatos com câncer associado com FeLV têm um tempo de sobrevida média de 6 meses, mesmo com quimioterapia agressiva [2].

No Brasil, como o AZT é distribuido de forma gratuita, os laboratórios não comercializam mais a droga, ou seja, não há como tratar gatos com AZT (Informação obtida da veterinária que trata minha gata).

Minha opinião:
Até o ponto em que estou na minha pesquisa pelos tratamentos para FeLV, a única coisa que consegui concluir é que os tratamentos existentes são agressivos demais, causando sofrimento ao felino para dar uma sobrevida pequena a ele.

Alguns tratamentos causam efeitos colaterais disfarçando os problemas secundários. Eu acho esta situação muito grave pois qualquer problema secundário deve ser tratado imediatamente.

Nós decidimos não tratá-la para FeLV e sim ficar atento a qualquer alteração na saúde dela, tratando os problemas secundários pronta e adequadamente. É comum querermos evitar, a todo custo, a perda de um animal querido mas precisamos ser menos egoístas e pensar no que é melhor para ele, ou seja, o que o fará sofrer menos!

Bibliografia:
[1] Lianne McLeod, Feline Leukemia Virus in Cats, http://vetmedicine.about.com/od/diseasesandconditions/a/CW-FELV.htm
[2] Susan Little, Feline Leukemia Virus, http://www.winnfelinehealth.org/Pages/FeLV_Web.pdf