quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Grupo de discussão

Boas novas, caros leitores!

O blog andou meio parado, então resolvi sacudir a poeira.

A primeira novidade é nosso grupo de discussão que acabei de criar. Com este grupo, os Humanos de Estimação de gatinhos FeLV positivo poderão trocar informações, experiências ou simplesmente desabafar. Aliás, não tenha vergonha de desabafar, pode fazê-lo sem preocupação pois todos te entenderão por estarem em situações parecidas.

Faça parte de nosso grupo e vamos divulgar e nos informar melhor sobre esta doença horrível.

Opa, a Fran está aqui me cutucando para não esquecer de enviar um ronron para todos gatos FeLV positivos e pedir que eles não percam as esperanças.

Um grande abraço e ronron a todos!

Grupo: http://groups.google.com/group/eutenhofelv

sexta-feira, 18 de março de 2011

Tratamento

Não há cura e nem tratamento específico para FeLV. O tratamento visa gerenciar as doenças secundárias e pode incluir quimioterapia para o linfoma, antibióticos para infecções bacterianas secundárias, transfusões de sangue para a anemia, etc.

Vários cuidados devem ser tomados, visando minimizar os riscos de doenças secundárias:

  • manter os gatos dentro de casa, inclusive para evitar a transmissão da FeLV para outros gatos
  • dar rações de alta qualidade nutritiva
  • evitar alimentos crus, que podem transportar bactérias ou parasitas
  • evitar condições de estresse [2]
  • controlar parasitas
  • ficar atento à mudanças na saúde (alteração de peso e falta de apetite) ou comportamento (prostração)
  • visitar o veterinário pelo menos duas vezes por ano para um check up
Uma variedade de drogas anti-virais, como o AZT, têm sido utilizados mas a maioria dos estudos têm mostrado limitado (ou nenhum) efeito e podem ter efeitos colaterais graves.
Uma droga que estimula o sistema imunológico, o interferon, pode ser administrado por via oral para gatos, sem efeitos colaterais e pode ser útil em muitos casos [2].
O tratamento de câncer associado com FeLV têm seus próprios protocolos de quimioterapia. No entanto, os gatos com câncer associado com FeLV têm um tempo de sobrevida média de 6 meses, mesmo com quimioterapia agressiva [2].

No Brasil, como o AZT é distribuido de forma gratuita, os laboratórios não comercializam mais a droga, ou seja, não há como tratar gatos com AZT (Informação obtida da veterinária que trata minha gata).

Minha opinião:
Até o ponto em que estou na minha pesquisa pelos tratamentos para FeLV, a única coisa que consegui concluir é que os tratamentos existentes são agressivos demais, causando sofrimento ao felino para dar uma sobrevida pequena a ele.

Alguns tratamentos causam efeitos colaterais disfarçando os problemas secundários. Eu acho esta situação muito grave pois qualquer problema secundário deve ser tratado imediatamente.

Nós decidimos não tratá-la para FeLV e sim ficar atento a qualquer alteração na saúde dela, tratando os problemas secundários pronta e adequadamente. É comum querermos evitar, a todo custo, a perda de um animal querido mas precisamos ser menos egoístas e pensar no que é melhor para ele, ou seja, o que o fará sofrer menos!

Bibliografia:
[1] Lianne McLeod, Feline Leukemia Virus in Cats, http://vetmedicine.about.com/od/diseasesandconditions/a/CW-FELV.htm
[2] Susan Little, Feline Leukemia Virus, http://www.winnfelinehealth.org/Pages/FeLV_Web.pdf

quinta-feira, 17 de março de 2011

Prevenção

A melhor maneira de prevenir é evitar a exposição à gatos FeLV positivos, mantendo-os dentro de casa. Faça o teste em qualquer gato novo antes de apresentá-los à família.  A vacinação também pode ajudar a prevenir a FeLV, embora não seja 100 por cento eficaz e haver riscos inerentes (informe-se melhor com um veterinário). Os gatos devem ser testados antes da vacinação, porque uma vez positivo, a vacinação não é útil.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Transmissão, Sintomas e Diagnóstico

Transmissão
A transmissão da FeLV é feita através dos fluídos corporais: saliva (lambidas mútuas, vasilha de água ou comida), secreção nasal, urina (caixa de areia) e sangue (mordidas e ferimentos). As mães também podem transmitir para sua prole.

Sinais e Sintomas
  • diminuição do apetite
  • perda de peso progressiva
  • problemas de pele
  • linfoma
  • febre
  • gengivas pálidas / anemia / icterícia
  • inflamação das gengivas e boca
  • infecções da pele
  • infecções do trato urinário
  • infecções respiratórias
  • diarréia
  • mudanças de comportamento
  • convulsão
  • doença ocular
  • doenças do fígado

Síndromes Associadas
  • Supressão do Sistema Imunológico
  • Câncer / Tumores
  • Anemia

Diagnóstico
A presença da FeLV pode ser comprovada através de alguns testes:
  • ELISA - deve ser feito em amostra de sangue pois o teste com amostra de saliva tem se mostrado não confiável [2]
  • IFA (e immunofluorescent antibody) - não é conclusivo mas, se positivo, indica que o gato é persistentemente infectado, ou seja, seu organismo é incapaz de eliminar o vírus. É recomendado como um teste confirmatório.
  • PCR (Polymerase chain reaction)
A AAFP (American Association of Feline Practitioners) publicou recomendações para o teste de FeLV [2].

A infecção em gatinhos recém nascidos não pode ser detectada até semanas ou meses após o nascimento. Por isso, vários testes FeLV durante os primeiros seis meses de vida podem ser necessários para se sentir completamente "seguro", sobre um teste com resultado negativo. [3]

Qualquer novo filhote ou gato deve ser testado antes de ser adicionado a uma casa que já tenha gatos. Mesmo se o lar ainda não tem gatos, novos animais de estimação devem ser testados porque o vínculo emocional que se forma entre proprietários e animais de estimação justifica conhecer quaisquer ameaças futuras para a saúde do animal de estimação [2].

Todos os filhotes e gatos adultos que tiverem resultado negativo no primeiro teste ELISA, mas com uma exposição conhecida ou suspeita de FeLV, devem ser retestados. Isso é feito para afastar possíveis resultados negativos obtidos durante a incubação do vírus FeLV. Embora a maioria dos gatos teste positivo dentro de várias semanas, o reteste final de gatos negativo não deve ser antes de 90 dias após a exposição. [3]

Bibliografia:
[1] Lianne McLeod, Feline Leukemia Virus in Cats, http://vetmedicine.about.com/od/diseasesandconditions/a/CW-FELV.htm
[2] Susan Little, Feline Leukemia Virus, http://www.winnfelinehealth.org/Pages/FeLV_Web.pdf
[3] Lundgren Becky, Feline Leukemia Virus (FeLV), http://www.veterinarypartner.com/Content.plx?P=A&C=189&A=1482&S=2&EVetID=3001459

domingo, 13 de março de 2011

Porque devemos nos preocupar com a FeLV!

O Vírus da Leucemia Felina (FeLV, sigla em inglês) pode suprimir o sistema imunológico, causar câncer ou causar outras doenças graves em gatos susceptíveis. [1]

A FeLV é a maior causa de mortes entre gatos, direta ou indiretamente, e é muito difundida na população felina. 85% dos gatos contaminados com FeLV morrem dentro de 3 anos [2]

É vital que todo felino conheça o que é a FeLV. Talvez a morte do meu irmão (Teo) pudesse ser evitada se meus Humanos de Estimação conhecessem tal doença, ou não.

A FeLV é transmissível pela saliva, contato próximo, mordidas, caixa de areia ou pote de ração. Os sintomas podem demorar para se manifestar, tornando a doença oculta e propagando-a para outros gatos saudáveis. Não há cura para FeLV e ela é a maior causa de mortes entre felinos.

O teste para FeLV e FIV não é barato mas recomendo que todos felinos o façam. 

Meu irmão morreu depois de sucedidas doenças. O quadro clínico dele sugeria que ele tinha FeLV. Como a doença é contagiosa eu tive que fazer o exame no mesmo dia. No dia seguinte a Vet ligou para falar que o exame tinha dado positivo.

Como eu vim de um abrigo onde haviam muitos gatos, há uma chance grande de eu ter me contagiado com FeLV lá, e se meu irmão era saudável, provavelmente fui eu quem o contagiou. Também pode ter sido o contrário pois ele foi resgatado de um abrigo também.

Bem, o que queria dizer é que se eu tivesse feito o teste de FeLV antes e o resultado fosse positivo, meus Humanos de Estimação não teriam adotado um gato saudável pois ele se contagiaria comigo. E se eu fosse FeLV negativa, eles teriam feito o exame no meu irmão, para garantir que ele não me contagiasse com FeLV. Infelizmente nenhum Vet orientou adequadamente meus Humanos de Estimação sobre a FeLV e eles tiveram que aprender da pior maneira possível.

É para evitar que outras pessoas passem por isso que eu e meus Humanos de Estimação estamos escrevendo este blog, e também para servir de arquivo das informações que estamos pesquisando sobre como lidar com a minha FeLV.

Se você não é FeLV positivo, use as informações que aqui estão para evitar tal doença, e se você é, compartilhe sua experiência conosco, enviando-nos um e-mail ou comentário.

Se quiser conhecer meu irmão, veja as fotos dele aqui.

Teo, sentimos muito sua falta mas estamos aprendendo a lidar com este novo sentimento. Siga sua jornada em paz!

Bibliografia:
[1] Lianne McLeod, Feline Leukemia Virus in Cats, http://vetmedicine.about.com/od/diseasesandconditions/a/CW-FELV.htm
[2] Lundgren Becky, Feline Leukemia Virus (FeLV), http://www.veterinarypartner.com/Content.plx?P=A&C=189&A=1482&S=2&EVetID=3001459